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22/11/2024 - 13h52Ejef realiza palestra sobre ações de inclusão e equidade racialTema foi abordado pela consultora do TCU Marcela de Oliveira Timóteo
A palestra da Ejef teve como tema “A Importância das Ações de Inclusão e Equidade Racial no Setor Público ( Crédito: Reprodução internet )
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), realizou, na quinta-feira (21/11), a palestra virtual “A Importância das Ações de Inclusão e Equidade Racial no Setor Público” , ministrada pela auditora federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU) Marcela de Oliveira Timóteo. A ação faz parte da Semana da Consciência Negra do TJMG e foi transmitida pelo canal da Ejef no YouTube.
Voltada a magistradas, magistrados, servidoras, servidores, colaboradoras e colaboradores do TJMG, a palestra teve como objetivo conscientizar sobre a importância da valorização dos princípios de equidade racial, fomentando uma postura proativa e sensível na promoção de um ambiente inclusivo e respeito dentro do setor público.
A desembargadora Evangelina Castilho ressaltou a importância da Semana da Consciência Negra no TJMG ( Crédito: Reprodução internet )
A mediação foi da superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv) e da Equidade de Gênero, Raça, Diversidade, Condição Física ou Similar, desembargadora Evangelina Castilho Duarte; da juíza auxiliar da Presidência do TJMG Mariana de Lima Andrade, responsável pelas Superintendências de Tecnologia e Informação, Voluntariado, Cultura e Arte e Equidade de Gênero, Raça, Diversidade e Condição Física; da juíza da Comarca de Campos Altos Thais Oliveira; da juíza da Comarca de Taiobeiras Ingrid Cabral; da gerente do Centro de Desenvolvimento e Acompanhamento de Projetos (Ceproj) do TJMG, Priscila Pereira de Souza; e da assessora da juíza Mariana de Lima Andrade, jornalista Silvana Monteiro Gomes, especializada em Neurociência, Comunicação e Desenvolvimento Humano e Direito Antidiscriminatório.
A juíza auxiliar da Presidência Mariana Andrade afirmou que é preciso reforçar o combate ao racismo com mais políticas de inclusão ( Crédito: Reprodução internet )
Direitos humanos
A desembargadora Evangelina Castilho Duarte ressaltou a importância da Semana da Consciência Negra no TJMG como forma de incentivar os debates sobre a equidade racial no Brasil. "A Semana da Consciência Negra no Tribunal vai ser estender até o próximo dia 10 de dezembro, quando comemoramos o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Trata-se de uma forma para conscientizar o público interno e externo sobre a necessidade de lutar pela igualdade de todos", afirmou.
A juíza auxiliar da Presidência do TJMG Mariana de Lima Andrade disse que é importante a luta pela igualdade racial no Brasil e combate ao racismo. "No Estado Democrático de Direito, precisamos de políticas para mudar a triste realidade do racismo. Importante ressaltar que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), bem como o Poder Judiciário nacional, têm adotados práticas para avançar nesta pauta, como a adoção de cotas raciais em concursos públicos", afirmou.
A juíza Thais Oliveira destacou o número de magistradas e magistrados que se autodeclaram negros ( Crédito: Reprodução internet )
Magistratura
A juíza da Comarca de Campos Altos Thais Oliveira disse que, por ser uma mulher negra, faz parte da minoria na magistratura mineira: "Pesquisas apontam que menos de 0,5% de juízas e juízes se declaram negros. Temos que mudar essa realidade, com o aumento de magistradas e magistrados negros, não apenas em Minas Gerais, como em todo o País."
A juíza titular da Comarca de Taiobeiras Ingrid Cabral, que também de autodenomina negra, ressaltou a necessidade de uma maior participação de negros na magistratura, principalmente de mulheres negras. "Reconhecer o racismo estrutural que nos permeia é o primeiro passo para garantir que mulheres negras tenham cada vez mais acesso a cargos na magistratura", afirmou.
A juíza Ingrid Cabral ressaltou a necessidade de uma maior participação de mulheres negras na magistratura ( Crédito : Reprodução internet )
A jornalista Silvana Monteiro destacou a importância de se comemorar a Semana da Consciência Negra, em especial, pelo fato de os negros representarem a maioria da população brasileira, de acordo com Censo de 2022. "Ao longo da história, a população negra teve a sua consciência arrancada e só conseguiu coexistir com a criação dos quilombos. Nos dias atuais, é importante discutir a questão por meio da Semana da Consciência Negra, como forma de combater o racismo no Brasil", disse.
A jornalista Silvana Monteiro falou sobre a importância histórica dos quilombos ( Crédito: Reprodução internet )
Com atuação na área de Equidade, Diversidade e Inclusão e foco em Gênero e Raça do TCU, a auditora federal Marcela de Oliveira Timóteo iniciou sua palestra falando sobre os diferentes tipos de racismo no Brasil, que é crime previsto em lei. "De uma forma geral, o racismo é manifestado nos detalhes, com pequenas agressões diárias sofridas pela população negra. O racismo existe muitas vezes de forma velada, mas também de forma escancarada. No geral, o racismo se manifesta nos detalhes de comportamento da sociedade, com microagressões diárias. Pesquisas apontam que, no Brasil, 84% da população reconhece que o racismo é presente na sociedade, mas apenas 4% admitem ser racistas", afirmou.
A palestrante, auditora federal do TCU Marcela Timóteo, citou vários exemplos de discriminação racial no Brasil ( Crédito: Reprodução internet )
A auditora federal do TCU também falou sobre o racismo em instituições públicas e privadas. "Fomos o último País do mundo a abolir a escravidão. Para cada 10 anos de existência, o Brasil possui sete vividos na escravatura. São exemplos que mostram como o racismo ainda tem força em nosso cotidiano", disse Marcela de Oliveira Timóteo.
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Fonte:
TJ Minas Gerais
22/11/2024 (00:00)
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