21/11/2024 -
18h35TJMG recebe superintendente do Ministério do Trabalho em MinasEle apresentou lista de empresas que estariam envolvidas com trabalho escravo
O superintendente Carlos Calazans entregou ao presidente Corrêa Junior a "lista suja" do trabalho escravo em Minas Gerais (Crédito: Juarez Rodrigues/TJMG)
O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, se reuniu, nesta quinta-feira (21/11), com o superintendente do Ministério do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans, de quem recebeu a "lista suja" do trabalho escravo no estado. O documento aponta 165 empresas atuando de "forma irregular e criminosa" e mostra que aproximadamente 1,4 mil pessoas estariam trabalhando em condições análogas à escravidão em Minas, principalmente no campo, em fazendas de café espalhadas pelo estado.
O presidente Corrêa Junior destacou a importância de se combater o trabalho escravo em Minas e no país, com o reforço da fiscalização e punição às empresas envolvidas. “Temos acordos de cooperação técnica com outros tribunais mineiros, como o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região e o Tribunal Regional Federal da 6ª Região e vamos envolvê-los nesta importante discussão acerca do trabalho escravo para que as empresas envolvidas sejam punidas e para a abolição de ocorrências desta natureza”, afirmou.
Para o superintendente Carlos Calazans, o apoio do TJMG à causa do combate ao trabalho escravo é de grande importância para inibir a ação das empresas envolvidas. “É a primeira vez que um superintendente do Ministério do Trabalho entrega uma lista de empresas envolvidas com o trabalho escravo para o presidente do Tribunal de Justiça. Precisamos do apoio da Corte Mineira para que listas como a que foi entregue ao presidente Corrêa Junior jamais voltem a existir”, salientou Carlos Calazans.
“Nossos fiscais identificaram centenas de trabalhadores em situações humilhantes, dormindo em improvisadas camas de papelão, tomando banho frio, inclusive no inverno, e se alimentando muito mal. Contamos com o apoio do TJMG para combater o trabalho escravo em Minas Gerais”, acrescentou.
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